quarta-feira, 10 de junho de 2015

ARTE CONTEMPORÂNEA com BEBÊS? SIM!

Ao participar da formação para professores no Santander Cultural em Porto Alegre sobre a mostra do artista José Damasceno, fiquei pensando muito em como seria difícil as crianças estarem presentes naquele espaço maravilhoso, sem poder TOCAR nas obras! 
Pensando nessa proposta, da arte contemporânea ser convidativa ao toque, a oficina com bebês foi pensada a partir dessa palavra. 
Uma "instalação" com uma cadeira e massas de modelar comestíveis, lembra a obra do artista em questão, e espera o toque das mãos apressadas dos bebês, convida à experimentação e manipulação dos materiais expostos.
Da mesma forma, uma caixa com rodinhas com vários formatos de giz de cera, esperava os bebês a entrar nesse espaço e colorir com as mãos, os pés, o corpo, os papéis sobre os quais estavam sentados, deitados. Uma outra possível leitura da obra de Damasceno.
E lembrando da ideia de Anna Marie Holm, sobre a importância de utilizarmos o espaço fora do ateliê, de estarmos ao ar livre, em contato com o ar, foi possível brincar entre os papéis celofanes coloridos. Ver o mundo com olhares coloridos!
As garrafas sensoriais também possibilitaram ver, tocar, observar, balançar, enroscar umas nas outras, descobrir possibilidades com esse material.
A oficina com bebês sempre tem um planejamento cuidadoso estruturado em cada ação, mas são os bebês que fazem a oficina. São eles que tocam ou não,experimentam ou não, estranham, experimentam, pintam, modelam, descobrem interagindo uns com os outros.
O que fica dessa experiência? O DURANTE, o PROCESSO, o VIVIDO nesses momentos de troca, de descoberta, de interação, de estranhamentos. Muito além das fotografias feitas durante a oficina, o que fica na nossa memória são os momentos vividos com os bebês!


















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